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Um dos principais desafios vivenciados pelas escolas de Educação Básica neste ano foi a implementação do Novo Ensino Médio, que passou a ser colocado em prática no primeiro semestre nas instituições de ensino públicas e privadas.

Após quase um ano em vigor, o Escolas Exponenciais conversou com Gabriel Matos, coordenador do Ensino Médio da Camino School, para saber quais as principais dificuldades e os avanços neste período.

Vale destacar que, a partir de 2023, a Camino School, escola trilíngue, focada no trabalho com metodologias ativas, vai lançar o Ensino Médio, pois, até então, a escola trabalhava apenas com Infantil e Fundamental. Confira a entrevista!

 

Escolas Exponenciais: Em breve, vamos completar um ano da implantação do Novo Ensino Médio. Na sua opinião, quais foram os principais desafios para as escolas privadas neste primeiro ano?

Gabriel Matos: O grande desafio nesse primeiro ano de implantação do Ensino Médio foi de conduzir um trabalho de orientação das novas diretrizes curriculares com o 1º ano do Médio sem saber ao certo como será a prova do Enem em 2024, quando esse 1º ano de 2022 for o 3º ano. 

O fato de ainda não terem sido divulgadas as mudanças que o Enem sofrerá a partir do Novo Ensino Médio acirra muito os ânimos de todos, porque o resultado da prova é que define a aprovação ou não de quem almeja uma vaga no ensino superior.

 

EX: Por outro lado, quais os principais avanços?

Gabriel Matos: O grande avanço é um engajamento perceptível na carga horária na qual o estudante escolherá o que cursar, os itinerários formativos.

Como esperado, o fato de os estudantes escolherem matérias a partir dos seus interesses realmente é muito potente e isso é comprovado pelo engajamento que esses momentos têm.

 

EX: Para a Camino School, que passará a oferecer o Ensino Médio em 2023, quais as principais competências nos alunos que o Novo Ensino Médio contribui para o desenvolvimento?

Gabriel Matos: As principais competências são: autonomia, abertura, autoconhecimento e criatividade.

 

EX: Como vocês pretendem impulsionar o protagonismo estudantil e como avaliam a importância disso para os alunos?

Gabriel Matos: O estudante no Ensino Médio precisa tomar mais decisões em relação a sua rotina. Desde matérias que quer cursar até a sua alimentação. A ideia é construir com estudantes e professores um ambiente no qual os estudantes possam se responsabilizar pelos seus projetos de vida com todo o apoio que a escola puder oferecer.

É uma construção diária e complexa, mas à medida que forem se apropriando dos seus objetivos, nós vamos colocando objetivos novos e mais ousados. Tudo isso em um ambiente onde os estudantes não serão resumidos por suas notas e seu desempenho, mas considerados em todas as suas dimensões e complexidades.

 

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