Unicef manifesta preocupação com regulamentação do ensino domiciliar no Brasil
A escola é o espaço onde ocorre a educação formal, a aprendizagem e a socialização. Para o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), mesmo que as famílias se esforcem, é difícil reproduzir em casa toda a estrutura de uma instituição de ensino. Por isso, a regulamentação do ensino domiciliar no Brasil preocupa a entidade.
O ambiente escolar possui educadores formados, didática, metodologia e conhecimentos específicos para acompanhar o processo de aprendizagem das crianças e dos adolescentes.
“Outro aspecto importante é a avaliação do progresso da aprendizagem, que ocorre periodicamente na escola. A lei de educação domiciliar prevê apenas avaliações parametrizadas, que não são capazes de mensurar todas as dimensões do desenvolvimento de competências indicado pela BNCC. Sem um acompanhamento e uma avaliação qualificada próxima e constante, feita por educadores, crianças e adolescentes correm o risco de deixar para trás muitas oportunidades de aprender e desenvolver muitas novas habilidades e competências, comprometendo o presente e o futuro de cada um”, traz a nota divulgada pelo Unicef.
Escola como espaço de socialização
Além da aprendizagem curricular, a escola desempenha um importante papel na socialização, em que os estudantes podem interagir com pessoas da mesma idade, desenvolvendo a capacidade de dialogar, conviver e respeitar.
Esse é um outro apontamento feito pela entidade sobre a aprovação do ensino domiciliar no Brasil, além de citar ainda que a escola atua como um auxilia na questão da proteção contra a violência.
Aprovação de projeto que regulamenta educação domiciliar
A Câmara de Deputados aprovou no dia 18 de maio o texto-base do projeto de lei sobre a regulamentação do ensino domiciliar no Brasil. A proposta, que permite que a educação básica seja oferecida em casa, segue agora para avaliação do Senado Federal e, se for aprovada, vai à sanção presidencial.