Bate-papo com Gestores Escolares: perspectivas para o segundo semestre de 2021
Enquanto o ano de 2020 foi marcado por incertezas, 2021 trouxe consigo a esperança por dias melhores. A campanha de vacinação do Brasil contra a COVID-19, que teve início em 17 de janeiro deste ano, fecha o primeiro semestre com 34,75% da população vacinada com a primeira dose, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa do Brasil.
Aceno positivo para o futuro da educação
Com a imunização dos profissionais da educação, a expectativa – ao menos na maioria dos estados – é que as aulas retornem 100% presenciais ou seguindo um modelo híbrido. Para Juliana Fadel, diretora pedagógica do Fadelito, rede paulista de educação infantil, o segundo semestre de 2021 será um período de crescimento para todas as escolas e, por isso, ela já enxerga boas oportunidades no seu segmento de atuação.
“A atividade na educação infantil tem uma característica que é o ingresso das crianças durante todo o ano. Então, essa captação, acolhimento, adaptação acontecem durante todo o ano […] a possibilidade de atender 100% dos alunos e voltar com as crianças todos os dias, para quem ainda não estava, é uma coisa que vai com toda certeza estimular os pais que ainda não retornaram a retornar.”
Quem corrobora com esse pensamento é Jhoseph Oliveira, diretor administrativo e financeiro no Colégio Santíssimo Senhor, em Maceió, Alagoas. “Tem muito pai que estava só remoto, ele já passa a se sentir mais seguro em trazer o filho, porque viu que os docentes, funcionários da escola em geral já estão vacinados”, comenta.
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Apesar da vacina, incertezas persistem
Otimista, mas com os pés no chão, Juliana acredita que muitos os desafios vão continuar a existir e impactar diretamente a receita de muitas escolas. Isso porque, apesar do avanço da vacinação em todo o país, a ciência não sabe com precisão como o vírus evolui e os governos ainda não decidiram como reagir em relação à dinâmica da doença no dia a dia.
“Apesar de ser um momento de bastante crescimento, acho que os serviços adicionais (aulas extras, serviços de períodos extras e refeições) que fazem parte e são uma parte importante da receita da escola, talvez, não retornem de imediato […] eu acredito que as famílias, durante esse período, acabaram se organizando com uma pessoa que trabalha em casa, e provavelmente vão manter essa situação, que talvez seja mais confortável”.
A importância do planejamento
Por esse motivo, a Diretora Pedagógica da Fadelito reforça a necessidade do planejamento “Nós temos que pensar muito na organização desse período com todas as incertezas”. As suas principais apostas para o novo semestre é a gestão inteligente de gastos, isto é, repensar nas despesas e investir recursos no que é prioridade atualmente.
“O nosso planejamento para o segundo semestre […] é um trabalho muito sério em relação às despesas, gastar da melhor forma o nosso dinheiro, organizar muito as equipes, porque em relação às crianças, sim, e com as famílias nós vamos ter um trabalho importante de acolhimento”, esclarece Juliana.
Já o Colégio Santíssimo Senhor sentiu o impacto financeiro da pandemia ainda em 2020, quando uma ação civil pública obrigou as instituições privadas de Alagoas e outros estados a concederem um desconto de 30% das mensalidades. “Eu achei um absurdo, mas tudo bem, lei se cumpre, a gente recorre, mas tem que ser cumprida, e tivemos esse prejuízo financeiro” desabafa.
Para evitar que a mesma situação ocorresse em março deste ano, no pico da segunda onda da pandemia no país, Jhoseph se juntou ao Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de Alagoas (SINEPE) e fez um levantamento de dados sobre o COVID-10 nas escolas. O objetivo dessa parceria foi mostrar, principalmente, aos entes públicos que a escola é um ambiente seguro para as crianças.
“Tivemos inúmeros, acho que mais ou menos uns 22 mil alunos cadastrados dessas escolas, onde o número de infectados foi menos de 0,8% É um número pequeno, querendo ou não, temos um ambiente controlado na escola […] levamos para o secretário da saúde, da educação, e até então, eles não decidiram fechar as escolas por aqui, provavelmente não vai mais fechar. Estamos bem otimistas e, lógico, planejando tudo certinho”.
Em atenção aos protocolos sanitários e visando dar mais segurança às famílias, algumas medidas foram adotadas já para o segundo semestre do Colégio Santíssimo Senhor. Em relação às matrículas, por exemplo, as vagas foram reduzidas com objetivo de atender 100% presencial as turmas da educação infantil ao terceiro ano do ensino fundamental.
Tecnologia e comunicação como aliados
Apesar das incertezas que a pandemia provoca, uma coisa é fato: as escolas vivenciam uma revolução tecnológica.“No aspecto tecnológico, para nós, foi muito importante, pois melhoramos a comunicação, facilitamos os processos e hoje, por exemplo, temos formações semanais na escola. Então, a gente consegue se reunir com muitas pessoas em casa, em diferentes lugares; a tecnologia é um facilitador”, ressalta a diretora do Fadelito.
Como bem pontua Juliana, essa nova dinâmica exigiu algumas mudanças para otimizar processos internos e facilitar a comunicação entre a escola e as famílias.Tanto na Rede Fadelito, quanto no Colégio Santíssimo Senhor, o ClassApp, aplicativo de gestão escolar e agenda digital, foi utilizado como principal ferramenta de comunicação.
O ClassApp é uma ferramenta que visa, justamente, estreitar vínculos entre os membros da comunidade escolar. Com ele é possível enviar mensagens de texto, fotos e áudios para uma família ou grupos fechados em um ambiente totalmente seguro.
“A agenda digital, que eu acho que é o instrumento de comunicação mais importante que temos na escola, foi o que mais usamos durante a pandemia. Utilizamos o ClassApp, somos muito felizes, pois é infinitamente melhor do que o WhatsApp, apesar do WhatsApp ser mais simples, acho que a escola formaliza também, porque precisamos ser levados a sério”, aponta Juliana.
“Essa questão da agenda digital, comunicação com a família é extremamente importante, só acelerou o processo, porque antes tinha a agenda e 50% dos pais que não tinham, porque não queriam muito acompanhar, e a gente, de certa forma, era culpado por entregar a agenda física, mas em pandemia não tem como entregar fisicamente, foram obrigados a baixar o aplicativo e ter essa comunicação com a escola”, destaca Jhoseph.
Além de agenda digital, o ClassApp possui outras funcionalidades, por exemplo, assinatura online com validade jurídica, gestão de contratos, recebimento de pagamentos (boleto e cartão de crédito) e muito mais. Ainda é possível fazer a integração ClassApp com outros softwares utilizados na gestão escolar, como bibliotecas online e sistemas financeiros.
Assista a palestra completa:
Painel Especial: Bate papo com Gestores Escolares