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A dificuldade em conseguir vagas em creches continua sendo uma realidade no Estado do Rio de Janeiro. Um relatório divulgado pela Defensoria Pública do Rio mostra um aumento de demandas registradas no órgão por falta de vagas em creches públicas. Entre janeiro e abril de 2022, a instituição recebeu mais de 1.500 referentes ao tema, número que já é maior ao registrado em todo ano de 2021. A Defensoria aponta ainda que a procura pelas creches é maior na zona oeste da capital, que concentra mais de dois terços das solicitações recebidas.

Ainda segundo o levantamento, quase todas as pessoas que buscam atendimento são mulheres e negras. Trata-se, portanto, de um problema que além das crianças, atinge também as mulheres. A divulgação dos números ocorre às vésperas da votação de um recurso no STF que discute o dever do poder público em assegurar o atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade.

O coordenador de Infância da Defensoria Pública, Rodrigo Azambuja, defende que essa é sim uma atribuição do poder público.

A cidade do Rio de Janeiro concentra quase 90% de residentes que buscaram vagas em creche na Defensoria. Os bairros com maior quantidade de solicitações são Campo Grande, Jacarepaguá, Taquara, Guaratiba, Curicica e Santa Cruz, todos na zona oeste.

Esse padrão já havia sido identificado nos levantamentos anteriores, quando também foi verificado que mais de 30% das pessoas residem no local há mais de 20 anos. Portanto, uma demanda antiga.

Matrículas em creche
 
Por outro lado, uma matéria publicada em fevereiro deste ano mostrou que o número de matrículas em creches no Brasil caiu 9% no ano passado, na comparação com 2019. A redução foi puxada, sobretudo, pela saída de alunos da rede particular. As crises econômica e sanitária, em meio à pandemia de covid-19, explicam o recuo.

*Fonte: Rádio Agência Nacional, com edição do Escolas Exponenciais